Mãe De Adolescente Que Morreu De Coronavírus Em Paris Conta Sua História

Mãe De Adolescente Que Morreu De Coronavírus Em Paris Conta Sua História
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Vídeo: Mãe De Adolescente Que Morreu De Coronavírus Em Paris Conta Sua História

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Anonim

Uma mãe quebrou o silêncio após a morte de sua filha de 16 anos em Paris após contrair o coronavírus. Embora os especialistas tenham indicado que é menos provável que crianças e adolescentes fiquem gravemente doentes após contrair o Covid-19, essa mãe - identificada como Sabine - compartilhou sua dor após a perda de Julie, que aparentemente foi uma exceção a essa regra. "É insuportável", disse ele ao experimentar a tragédia de perder um filho.

Conforme relatado pela agência da AFP, os sintomas de Julie começaram leves, com uma tosse aparentemente benigna. "Acabei de tossir", disse a mãe de coração partido, que tentou melhorá-la com xarope e inalações. A adolescente - que estava de boa saúde - mais tarde percebeu que tinha dificuldade em respirar. "Não muito, ela estava tendo problemas para recuperar o fôlego", lembra sua mãe, que a levou ao médico depois de perceber seus ataques de tosse.

Coronavírus de Paris
Coronavírus de Paris

Depois de analisá-lo, seu médico ligou para os serviços médicos de emergência e os bombeiros chegaram com roupas de proteção, máscaras e luvas. "Parecia a quarta dimensão", diz a mãe. Sua filha Julie foi levada para o hospital mais próximo, em Longjumeau.

No hospital, eles fizeram vários estudos e encontraram "opacidades pulmonares". Eles também o testaram para o Covid-19. A mãe conta que, à noite, eles transferiram Julie, que apresentava insuficiência respiratória, para o Hospital Infantil Necker, em Paris, onde foi internada em terapia intensiva e fizeram dois outros testes do Covid-19.

Quando ele viu sua filha, ele a notou ansiosa. "Meu coração dói", confessou Julie. Os resultados dos dois testes do Covid-19 realizados no hospital infantil foram negativos, o que tranquilizou a mãe. "Abrimos a porta do quarto, as enfermeiras não estão mais usando um vestido, o médico levanta o polegar para me dizer que é um bom sinal", diz Sabine.

Embora ele pensasse que sua filha já estava fora de perigo, naquela noite ele recebeu uma ligação do médico dizendo que o primeiro teste para um coronavírus que Julie tinha no hospital Longjumeau foi positivo. O médico também avisou que a adolescente havia piorado e tinha que ser intubada. "Não conseguimos acreditar. Você pensa: eles estavam errados. E por que esses resultados são tão tarde?", Disse Sabine. "Desde o início, eles nos dizem que o vírus não afeta os jovens. Acreditávamos nisso, como todo mundo", acrescentou Manon, a irmã mais velha de Julie.

Cientistas de laboratório
Cientistas de laboratório

(Foto de THIBAULT SAVARY / AFP via Getty Images)

A família recebeu outra ligação de partir o coração, pedindo que eles fossem ao hospital com urgência. "Na época, entrei em pânico", lembra Sabine. O diretor geral de saúde do hospital disse que sua filha sofria de uma forma grave do vírus, algo "extremamente raro" entre os jovens. "Em uma hora", lembra Sabine, "ela já estava cinza."

Quando chegaram ao hospital com Manon, sua filha mais velha, Julie já estava morta e explicaram aos dois que nunca mais a veriam. Devido ao rigoroso protocolo de segurança para a pandemia, eles não conseguiram coletar os itens pessoais de Julie, pois precisavam ser queimados, apenas recuperaram uma corrente do batizado e uma pulseira.

O corpo da adolescente será mantido na sala mortuária do Hospital Necker até seu enterro. Apenas dez pessoas podem ir ao cemitério. "Tivemos que escolher entre os membros da família que estarão presentes", disse Manon. Nem serão capazes de maquiar ou vestir Julie, já que seu caixão permanecerá fechado. Segundo relatos da AFP, até o momento houve 1698 mortes e quase 30.000 infectados com o Covid-19 em hospitais na França. Que Julie descanse em paz.

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