Jornalista Sobrevivente Da Chapecoense Conta O Acidente

Jornalista Sobrevivente Da Chapecoense Conta O Acidente
Jornalista Sobrevivente Da Chapecoense Conta O Acidente

Vídeo: Jornalista Sobrevivente Da Chapecoense Conta O Acidente

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Vídeo: Rafael Henzel conta detalhes do acidente com o voo da Chapecoense 2024, Abril
Anonim

O jornalista Rafael Henzel, um dos seis sobreviventes do acidente de avião Chapecoense, retornou ao Brasil após duas semanas de intensa recuperação na Colômbia.

No mesmo avião de volta à cidade de Chapecó, na terça-feira, estava o jogador Jackson Follman, outro sobrevivente da tragédia.

O jornalista foi aguardado na chegada por seu filho de 11 anos, que teve uma reunião emocional registrada por uma pessoa que os acompanhava. As imagens mostram como o jornalista chora ao abraçar seu filho. Henzel usava uma camisa oficial do Atlético Nacional de Medellín, a cidade onde ocorreu o incidente, e seu menininho uma camisa em homenagem a seu pai com a frase "Fuerza Rafa".

Em entrevista ao programa de televisão brasileiro Fantástico, Henzel contou os últimos momentos do voo que transportou os jogadores da equipe Chapecoense, que caiu quando aterrissaria no aeroporto de Medellín em 28 de novembro.

“De um minuto para o outro as luzes do avião se apagaram. Ninguém relatou nada, ninguém disse que uma anormalidade estava acontecendo. Eu nego totalmente que a tripulação nos avise a qualquer momento sobre a falta de combustível e que possamos fazer um pouso de emergência. Essas informações nunca foram, insisto, nunca foram fornecidas a nós”, afirmou o jornalista.

Rafael Henzel repórter sobrevivente do acidente de avião da Chapecoense
Rafael Henzel repórter sobrevivente do acidente de avião da Chapecoense

"Ninguém nos disse para apertar o cinto. Toda vez que perguntávamos sobre a chegada, nos diziam que faltavam dez minutos. Isso criou algum medo, mas não fomos avisados de nada."

Após o acidente, ele disse que acordou com fortes dores - das sete costelas quebradas - e cercado por equipes de resgate à procura de sobreviventes. Seu pior momento, apontou, foi descobrir o destino de seus colegas jornalistas com quem viajou nos fundos do avião. "O momento mais triste para mim foi quando vi meus companheiros mortos ao meu lado", reconheceu.

A empresa LaMia, dona da aeronave, está sendo investigada pelos promotores da Colômbia, Brasil e Bolívia. O gerente da empresa está em prisão preventiva.

Dos 21 jornalistas que viajaram para Medellín para cobrir o encontro entre o Club Chapecoense e o Atlético Nacional para a final da Copa Sudamericana, Henzel foi o único que sobreviveu.

Até agora, a hipótese das autoridades que investigam o incidente é que o avião ficou sem combustível a poucos minutos do aeroporto, fazendo com que ele perdesse altitude e colidisse com uma colina.

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