2024 Autor: Steven Freeman | [email protected]. Última modificação: 2023-12-17 08:19
A Espanha enfrenta a maior crise política de sua história recente, depois que o parlamento catalão votou na sexta-feira a favor da declaração de independência e sua separação do resto do estado.
A Câmara Autônoma da Catalunha aprovou por 70 votos a favor, 10 contra e duas abstenções, uma resolução que põe em marcha a criação da República Catalã, em virtude do resultado de um referendo realizado em 1º de outubro que não teve a aprovação do Governo e tribunais espanhóis.
Em seguida, o presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, garantiu que havia sido dado um passo "há muito esperado" e instado a manter o pulso com o Estado espanhol "no campo da paz, civilidade e dignidade".
O resultado da votação foi comemorado por milhares de apoiadores da independência catalães que seguiram o procedimento parlamentar nas ruas de Barcelona, agitando bandeiras catalãs e independentes.
Em Madri, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, reagiu à decisão do parlamento catalão, assegurando que seu executivo adotasse as medidas para restaurar a "legalidade" na Catalunha e pedisse tranquilidade.
O Senado espanhol concedeu precisamente ao presidente nesta sexta-feira amplos poderes extraordinários para intervir no governo, administração e parlamento catalão, uma medida que foi definida como a "opção nuclear" porque elimina o autogoverno dos catalães pela primeira vez desde o restauração da democracia.
Ao mesmo tempo, segundo a imprensa, a promotoria espanhola está preparando um processo para processar os principais líderes da independência por crimes como sedição. Dois líderes de associações a favor da independência já estão presos há mais de uma semana pelo mesmo crime.
Rajoy afirmou em seu discurso nesta sexta-feira no Senado que ele ficou "sem alternativa" pela decisão de Puidgemont e seu gabinete separatista de seguir um caminho ilegal e unilateral em direção à independência.
"Tudo isso tem sido um processo contínuo de decisões antidemocráticas, contrárias à lei", afirmou Rajoy. Eles são contrários ao comportamento normal em qualquer país democrático como o nosso."
A votação no Parlamento e a concessão de poderes extraordinários a Rajoy ocorreram depois que as tentativas de chegar a um acordo falharam nos últimos dias.
"Ninguém será capaz de censurar o lado catalão pela disposição de dialogar", afirmou Puidgemont na quinta-feira, depois de desistir de convocar novas eleições em vez de votar na resolução da independência.
O governo da Catalunha vem embarcando há anos em um processo chamado de soberania, no qual o direito de realizar um referendo é exigido para decidir se deseja independência ou permanecer na Espanha.
O governo espanhol recusou-se a concordar em realizar uma consulta dessa natureza com o argumento de que contraria a unidade do país prevista na Constituição.
Quando o governo catalão decidiu convocar o referendo de qualquer maneira, apesar da proibição do Tribunal Constitucional, o executivo de Rajoy enviou milhares de policiais para evitar segurá-lo em 1º de outubro e ignorou os resultados, considerando-o "ilegal".
O que se espera que aconteça nas próximas horas é que o governo de Madri faça uso dos poderes de intervenção que obteve e assuma o controle direto da autonomia catalã.
Segundo pesquisas, o apoio à independência na Catalunha não chega a 50%, embora exista uma clara maioria a favor de um referendo.
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