2024 Autor: Steven Freeman | [email protected]. Última modificação: 2023-12-17 08:19
Juan Guaidó, líder da oposição na Venezuela, declarou-se quarta-feira como o novo presidente "responsável" do país, em meio a milhares de seguidores e em afronta ao regime do atual presidente Nicolás Maduro.
Como presidente da Assembléia Nacional, invocando os artigos da Constituição da República Bolivariana da Venezuela … diante do Deus Todo-Poderoso … eu juro! assumir formalmente os poderes do Executivo Nacional como presidente encarregado da Venezuela”, exclamou Guaidó com a mão direita levantada e cercada por milhares de seguidores nas proximidades da Plaza Juan Pablo II, em Caracas.
O jovem deputado conseguiu unir a oposição dividida de seu país para convocar os protestos nesta quarta-feira e organizar novas eleições se Maduro se retirar do cargo.
Na Casa Branca, o presidente Donald Tump emitiu um comunicado reconhecendo a presidência de Guaidó e ameaçando Maduro com retaliação, se ele interferir em sua ascensão ao poder.
"Hoje reconheço oficialmente o presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela", disse Trump em comunicado divulgado por sua assessoria de imprensa. "O povo venezuelano falou corajosamente contra Maduro e seu regime, exigindo liberdade e o exercício do poder das leis".
O documento instou outros governos a reconhecer Guaidó e termina com o seguinte aviso: "Continuaremos a responsabilizar diretamente o regime de Maduro por qualquer ameaça que represente ao povo venezuelano".
Em resposta, Maduro reagiu anunciando o rompimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos e concedendo a seu pessoal consular um período de 72 horas para deixar o solo venezuelano.
O presidente já havia ameaçado essa ruptura após a publicação de uma mensagem do vice-presidente Mike Pence apoiando Guaidó. Maduro publicou um tweet na terça-feira dizendo: “As declarações intervencionistas do vice-presidente dos EUA são inaceitáveis. Estamos fazendo uma revisão completa das relações diplomáticas com os Estados Unidos e, nas próximas horas, tomaremos decisões vigorosas para defender a soberania e a dignidade de nosso povo.”
Diante da escalada da crise diplomática, Guadió divulgou uma declaração nas redes solicitando que outras nações mantenham suas representações diplomáticas no país. Com responsabilidade, digo que somos uma nação soberana e continuaremos a manter relações diplomáticas com todos os países do mundo. Continuamos firmes na retomada da Ordem Constitucional”.
Até o momento, Peú, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Costa Rica, Argentina e Chile reconheceram o presidente no cargo.
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