A Viagem A Cuba De Uma Jovem Dos Estados Unidos

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Vídeo: A Viagem A Cuba De Uma Jovem Dos Estados Unidos

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Vídeo: Estados Unidos: A FAVELA que ninguem quer mostrar! favelas nos EUA. 2024, Abril
Anonim

[Entrevista e vídeo gravado, dirigido e editado por Fedora Rivas]

A viagem da estudante americana Eva Ringquist a Cuba deve inicialmente ser uma oportunidade de aprender danças folclóricas afro-cubanas com professores locais. Os dois meses que ele passou na ilha acabaram sendo muito mais do que isso.

Filha de pai sueco e mãe venezuelana, a garota de 19 anos já estava acostumada a viver em outros países e a se adaptar a outras culturas. Por isso, ele não perdeu a possibilidade de acompanhar o pai, professor da prestigiada Berklee College of Music, quando visitou a ilha em 2016 para estudar percussão e música afro-cubana.

Sua experiência em residir em casas particulares de cubanos, em aulas com dançarinos locais ou em eventos fora do circuito turístico a capturou em um vídeo que ela compartilhou com a People en Español e no qual ela relata uma jornada que mudou sua vida e lhe permite ver para o país do Caribe através de seus olhos.

"A experiência geral de morar neste país e ver como a sociedade funciona me impressionou profundamente de várias maneiras", explica o estudante de psicologia, que reside em Boston.

Através de sua imersão na sociedade cubana, ele tentou entender as contradições em que os debates cubanos comuns e as dificuldades que ele enfrenta dentro de um sistema político autoritário e uma economia em crise perpétua, na qual os artigos mais básicos são escassos, bem como a atitude e o espírito festivo que ele mantém, apesar da precariedade que o cerca.

A câmera que acompanha Eva em sua excursão a Cuba captura um paraíso desgastado pelo tempo, com ruas em ruínas, carros antigos, lojas vazias e infraestrutura insuficiente. "Existem muitos edifícios em que você nunca pensaria que alguém estava morando porque está em ruínas, mas [você descobre] que três ou quatro famílias moram lá", diz a jovem.

Ele também recolhe os sorrisos das crianças que brincam no parque, a música que enche as ruas esburacadas e o calor com que é recebido por quem cruza seu caminho. "Todos foram muito hospitaleiros e me deram boas-vindas, mas também são um pouco loucos", brinca. "Existe um sentido óbvio de festividade espontânea na cultura".

Eva, que também estuda dança e foi uma ginasta premiada em criança, viajou para a cidade de Matanzas para aprender o básico da música e dança afro-cubanas e participou de aulas particulares em Havana com um professor de dança iorubá, que também ensinou mambo passos e salsa. "Essa experiência e essa viagem influenciarão minha maneira de dançar no futuro."

Em suas reflexões ao final de sua estadia, Eva se inspira na adaptabilidade dos cubanos e no espírito com que enfrentam sua difícil vida cotidiana, que ela considera um mecanismo para compensar uma realidade que não pode mudar. "Em vez de viver naquele ambiente furioso o tempo todo, eles o aceitam como um método de sobrevivência, e isso é triste", conclui.

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