Tragédia Do Coronavírus: Morrendo Sozinho E Separado Da Família

Tragédia Do Coronavírus: Morrendo Sozinho E Separado Da Família
Tragédia Do Coronavírus: Morrendo Sozinho E Separado Da Família

Vídeo: Tragédia Do Coronavírus: Morrendo Sozinho E Separado Da Família

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Vídeo: Morte de Dandara - Turma da Goiaba - Ep.21 2024, Abril
Anonim

O coronavírus, aquele grande inimigo que atinge o mundo com mais força todos os dias, não está apenas deixando milhares de mortes, mas também o horror de suas vítimas morrerem sozinhas. A fácil disseminação desse vírus levou governos europeus, como os da Itália e da Espanha, a tomar medidas sérias após a morte dos afetados.

A verdade por trás das mortes é muito dolorosa. As vítimas que conhecem seu destino fatal não podem se despedir de seus entes queridos. Esse é o nosso pão diário nos hospitais. Segundo a Dra. Francesca Cortellaro, do hospital San Carlo Borromeo em Milão, este é o grande pesadelo vivido pelos pacientes do COVID-19.

Você sabe o que é mais dramático? Ver os pacientes morrerem sozinhos, ouvindo-os implorar que se despedam de seus filhos e netos”, ele expressou com profunda tristeza ao jornal italiano Il Giornale.

Uma situação que também ocorre na Espanha, onde os membros da família costumam se despedir por meio de uma ligação telefônica ou vídeo. Uma dor que às vezes causa mais danos do que a própria morte, que neste caso não pode ser digna.

O que outras pessoas estão dizendo
O que outras pessoas estão dizendo

As vigílias são praticamente inexistentes. Os mortos por coronavírus devem ser cremados no prazo de 24 horas, no máximo, para evitar maior disseminação. No caso de funerais, eles não permitem mais de seis pessoas e sempre com uma distância significativa entre elas. Não há beijos, nem abraços de consolação.

Uma situação que também mudou o ritual de enterros e funerais. Os primeiros são, às vezes, solitários, sem assistência, e quando existe, é através de muros, cercas e distâncias prudenciais que impedem a aproximação, sempre com o mínimo de pessoas e todos protegidos com máscaras e luvas.

Os funerais são praticamente inexistentes. Eles são adiados ou, como já foi oferecido por algumas empresas, são realizados por meio de videoconferência na Internet, como alguns enterros.

Tudo ao redor da morte é no tempo expresso. Não há missa, não há palavras de encorajamento, não há nada. O luto é ainda mais doloroso pela impossibilidade de receber o seu amor. Uma situação terrível para as vítimas, mas também para os que permanecem, já que do outro lado da barreira sofrem com real angústia.

Na Itália, a campanha O direito de dizer adeus acaba de ser criada, uma iniciativa que incentiva as pessoas a sair para se despedir por meio de novas tecnologias. Um dos líderes do Partido Democrata, Lorenzo Musotto, encabeçou esta proposta que, com toda a dor, permite que a morte seja um pouco menos solitária e cruel.

O coronavírus é assustador para todos, mas especialmente para os mais velhos. Eles são as principais vítimas. Seus sistemas imunológicos fracos e de baixa defesa não conseguem resistir ao ataque, tornando-os seus primeiros alvos.

Na Espanha, vários lares de idosos foram duramente atingidos por essa pandemia, levando dezenas de pessoas com eles. Segundo o jornal El País, existem mais de cem idosos mortos nesses centros. Alguns de seus presos tinham sintomas, mas nunca foram diagnosticados.

A falta de clareza e transparência em alguns casos específicos fez com que parentes das vítimas recorressem à justiça para denunciar os centros administrados por seus idosos. Mais uma questão obscura que se soma à longa lista de tragédias que esta doença está deixando.

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